quinta-feira, 10 de maio de 2012

Saiba como combater o Câncer do Colo Uterino

Estudos recentes mostram uma forte ligação entre a infecção genital pelo papiloma vírus humano (HPV) e o câncer do colo uterino. O HPV está presente em mais de 99% das células destes tumores.
Por Juliana Figueiredo
Existem mais de 200 tipos de HPV, sendo que aproximadamente 15 deles são considerados de alto risco e estão relacionados com o câncer do colo uterino. Segundo a doutora Rita Cristina Carvalho Rios Ginecologista e Obstetra e também Coordenadora Municipal do Programa de Assistência Integral a Saúde da Mulher (PAISM), no município de Feira de Santana, informa que a prevenção do câncer de colo uterino deve ser realizada através dos exames de colposcopia e papanicolaou rotineiramente, uma vez ao ano, a partir do início da atividade sexual. “A segurança é de praticamente 100% quando realizados esses dois exames em conjunto”.
Manifestação da doença- Papilona Vírus Humano o HPV, quando atinge o colo uterino pode provocar alterações, que se não forem diagnosticadas e tratadas podem, com o tempo (em torno de cinco anos), causar câncer de colo uterino. Algumas lesões, como as verrugas externas podem ser visualizadas a olho nú, porém na maioria das vezes as lesões são pequenas e são detectadas através do exame de colposcopia, onde o médico utiliza um aparelho (colposcópio) que aumenta a imagem, podendo assim identificar as lesões e realizar biópsia (retirado de um fragmento pequeno) para fazer o diagnóstico anátomo patológico (através do microscópio). O parceiro sexual também deve ser investigado através do exame de peniscopia. A captura híbrida é um dos exames mais indicados para diagnosticar o problema. Ele detecta a presença ou não do vírus, e sabermos que tipo de vírus está presente: o HPV oncogênico (que pode causar o câncer) ou o HPV não oncogênico (que não tem potencial maligno).
Exames para identificação do vírus- Um dos principais objetivos do exame de colposcopia é a detecção inicial da infecção por HPV, para que a paciente seja tratada, impedindo assim o desenvolvimento, com o passar do tempo, do câncer de colo uterino. Papilona Vírus Humano (HPV) é um vírus que acomete o trato genital inferior (vulva, vagina e colo do útero) causando lesões micropapilares (bolhinhas) ou verrugas. Em geral não apresenta sintomas específicos. A principal forma de transmissão é a sexual, porém admitem-se outras formas ainda não esclarecidas. É importante lembrar que a doença pode ficar latente, ou seja, aparecer após vários anos do contato.
A infecção pelo HPV é muito comum, cerca de 50% a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Estudos epidemiológicos mostram que apenas uma pequena fração (entre 3% a 10%) das mulheres infectadas com um tipo de HPV de alto risco de câncer desenvolverá câncer do colo uterino. Ainda assim, o câncer do colo uterino é uma doença de alta prevalência no Brasil. A sua incidência torna-se evidente na faixa etária de 20 a 29 anos e o risco aumenta rapidamente até atingir seu pico, geralmente, na faixa etária de 45 a 49 anos.
De acordo ainda com a médica, esse exame é colhido através de uma escovinha que é passada no local da lesão e colocado em uma solução para ser analisada no laboratório. “Por se tratar de um vírus, o tratamento do HPV não é tão simples, como tomar um remédio para matar fungos (como, por exemplo, na candidíase). O tratamento envolve a destruição de todas as lesões causadas pelos vírus, e isso pode ser feito através da destruição química (agentes químicos), ou através da destruição física (eletrocauterização)”, afirma a doutora Rita Rios.
Ela informa ainda, que o fundamental é que o tratamento seja feito sobre visão colposcópica, para que sejam destruídas todas as lesões, com uma margem de segurança. Após o tratamento, a paciente é considerada curada se não apresentar mais as lesões. “Por isso, inicialmente é necessário um acompanhamento rigoroso através de colposcopia e papanicolau a cada três meses, e posteriormente, a cada seis meses Algumas vezes é necessário complementar a investigação com captura híbrida, lembrando que mais importante é saber se as lesões (identificadas através da colposcopia) não voltaram”, conclui.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é o segundo tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Por ano, faz 4.800 vítimas fatais e apresenta 18.430 novos casos. Prova de que o país avançou na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva. Ou seja: o estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ. Esse tipo de lesão é localizada em mulheres diagnosticadas precocemente, se tratadas adequadamente, têm praticamente 100% de chance de cura. Para 2012, o Inca estima 17.540 novos casos.
Prevenção- A transmissão do HPV genital ocorre através da relação sexual, ou através do contato direto com a pele contaminada. Por este motivo, o uso de preservativo na relação sexual diminui o risco desta transmissão, consequentemente, reduzindo também a incidência do câncer de colo uterino. Outras medidas que fortalecem a imunidade, como não fumar, providências anti-stress e boa alimentação também são importantes e, logicamente, realizar os exames preventivos (colposcopia e papanicolau) anualmente.


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