segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Biblioteca da FAT, local onde o aprendizado pode fluir mais

Maryane Meira

A bibliotecária Gisela Ferreira da Silva, graduada há 28 anos pela Universidade Federal de Bahia (UFBA), está há cinco exercendo o cargo de diretora da biblioteca da Faculdade Anísio Teixeira (FAT), em Feira de Santana, onde planeja, implementa e organiza o acervo da biblioteca da instituição e ainda verifica o funcionamento dos sistemas de acesso e recuperação de informação. Para falar da importância do seu trabalho e explicar o funcionamento do mesmo ela recebeu a aluna de jornalismo, Maryanne Meira, e concedeu esta entrevista para o blog agencia de notcias da fat
Maryanne Meira - Qual a importância da biblioteca para aluno e professores da Faculdade Anísio Teixeira?
Gisela Silva- A biblioteca é um instrumento de estudo e pesquisa é como se fosse um recurso de informação, uma faculdade sem biblioteca não sei como funciona. Por exemplo: As faculdades à distância. Eu conheço alunos que ficam no maior sufoco para estudar e desenvolver trabalhos, a biblioteca é o cérebro de qualquer faculdade, por que é ali que está reunido o acervo, os livros que os professores necessitam para desenvolverem as atividade pedagógicas em sala de aula.
MM - Qual a função da bibliotecária numa instituição de ensino do porte da FAT com oito cursos?
GS - A própria faculdade só é implantada com o bibliotecário. A mesma exigência que é feita quando a instalação de laboratórios o MEC faz da biblioteca, talvez seja até mais exigente. Para reconhecimento dos cursos também, porque o MEC exige uma bibliotecária com experiência e registro profissional. O bibliotecário organiza a informação facilitando a vida dos estudantes e professores na hora de procurar um livro, por exemplo. O valor do bibliotecário segundo o MEC é muito importante. É obrigação dele classificar os livros de determinadas áreas, organizar da melhor maneira para que os alunos tenham acesso, ainda facilita o contado com o livreiro, como mediador, usuário de informação. Tem ainda que estar por dentro das novas literaturas e ainda negociar os preços. Enfim, é a peça fundamental para a qualidade do serviço dentro da faculdade em termos de informação.
MM - Em relação ao acervo, como é o processo de atualização dos livros?
GS - O bibliotecário não tem autonomia pra comprar livros, nem pode, ele só faz o levantamento, verifica quantos têm no acervo. É o coordenador quem solicita. Nós fazemos o levantamento e encaminhamos para as livrarias fazerem o orçamento, porque a compra é feita obedecendo à porcentagem de aluno por curso.
MM - Quando o aluno solicita o empréstimo de um livro, o tempo mínimo de entrega é de três dias úteis, por que um prazo tão curto? E para professores qual é o prazo estipulado? E quantos livros cada um pode levar?
GS - O prazo curto é porque a faculdade ainda não tem livros suficientes para atender a demanda. Para os professores, o prazo estipulado é de quatro dias.
MM - Passados os três dias, o aluno é obrigado a pagar uma taxa de R$ 2,00 por dia de atraso. Como você analisa esse critério? É justo? Não seria melhor o aluno receber um aviso via net?
GS - Em biblioteca pública não se paga a multa. Ela suspende o aluno por um período, ou seja, não o deixa ter acesso aos livros. Já as faculdades particulares, na maioria, cobram essa multa. É um meio de organizar porque não é bom para a instituição nem para o bibliotecário cobrar essa multa, porém é a forma do aluno entregar o livro no prazo. Primeiro, que o acervo é coletivo, funciona, sim funciona, pois, às vezes, o aluno prefere até pagar a multa para obter uma boa nota. Por outro lado, a suspensão também funciona, porque o aluno ficar proibido de pedir o empréstimo na biblioteca por alguns dias.
MM - O que é feito com o dinheiro das multas? Compram-se novos livros?
GS – O dinheiro da multa a biblioteca presta conta anualmente à diretoria da FAT. Utiliza-se nas assinaturas de revistas nacionais, ou para adquirir um livro que o professor quer usar, mas não tem na biblioteca porque não foi pedido na bibliografia. Então se contata a editora e solicita o livro com o dinheiro da multa. Depois é contabilizado todo final do mês, e anualmente, é feito um relatório e entregue a direção.
MM - A biblioteca disponibiliza acesso à internet, porém existem poucas cabines. Quantas? E quantas com computadores? Como controlar essa problemática?
GS - Não são poucas. Na UEFS, pelo tamanho da universidade, são poucos os computadores, ainda assim equipamentos quebrados. Até porque os alunos não possuem horários disponíveis para ficar o tempo todo nas cabines. Eles entram, sentam, fazem uma pesquisa e é por isso que criamos um classificador de reserva de horários. Entretanto, o que sinto falta, e porque o ambiente não oferece espaço, são cabines de pesquisas online em base de dados. Estamos planejando conseguir um espaço amplo para implantar essas cabines.
MM - Os livros de comunicação ficam separados dos de jornalismo, que por sua vez ficam distantes dos de radio jornalismo e TV. Não seria conveniente estarem dispostos todos juntos? Até os de publicidade poderiam ficar ao lado, ou seja, mais perto. Já ouvi, tanto professores como alunos, comentarem que às vezes é difícil achar o que procuram. Que critérios de seleção e arrumação vocês utilizam?
GS – Não é isto que acontece. Por que eu não iria colocar o 007 que é jornalismo junto do 354, 358, 659 que é comunicação de massa? A arrumação da biblioteca segue uma ordem crescente, obedecendo a uma classificação, o conhecimento humano está reunido nesta tabela, classificação decimal universal (CDU). Não podemos mexer na residência do livro que é o espaço físico do livro, o livro obedece a uma classificação.

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