quinta-feira, 29 de março de 2012

Seca prejudica produção de leite de cabra

Foto: Google Imagem




Por Valdenir Lima


“A seca arruinou minha criação, tirava 30 litros de leite por dia, hoje só estou tirando 8 litros”, foi com este desabafo que o produtor de leite de cabras João Damasceno Costa, 54 anos, definiu a atual situação dos pequenos criadores de caprinos da região de Olhos D’água das Moças, distrito de Matinha em Feira de Santana.

Segundo João, para produzir leite, o caprino apesar de ser um animal muito rústico e bem adaptado à região, tem que ser bem alimentado em bom pasto e suplementado no cocho com ração. “Com a seca o pasto desapareceu e sem produzir não se tem dinheiro para comprar ração, aí é prejuízo na certa”, afirma o produtor.

A situação de seu João não é um caso isolado, todos os produtores visitados estão em situação parecida. A criadora Maria das Graças Santos, 68 anos, tinha 26 animais e agora só consegue alimentar sete, os outros foram vendidos para não morrer de fome. Para ela, o leite das três cabras restantes, completam a alimentação dos três netos e “não sobra nada pra vender”, lamenta.

Já para pecuarista Paulo Américo Oliveira, 47 anos, a situação não é tão devastadora. Ele está mantendo seu rebanho de 54 caprinos, entre corte e leite, com palma e silagem de milho. “Fui precavido, coloquei o milho que produzi no inverno passado em sacos plásticos e enterrei, formei um bom silo, que, junto com a palma, tá dando para alimentar meus cabritos”, comemora.

O distrito de Matinha é formado por proprietários de pequenos sítios que sobrevivem da agricultura familiar e a criação de caprinos. Por ser um animal de pequeno porte possibilita um maior número de cabeças por hectare, por isso, a atividade se torna uma das mais rentáveis. Além de produzir leite, o caprino produz carne e couro. Um cabrito de quatro meses, bem alimentado, já está em ponto de abate, rendendo em torno de R$ 120,00

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