quinta-feira, 22 de março de 2012

Conheça os sintomas do infarto e previna-se

Por Juliana Figueiredo

O infarto cardíaco é a principal causa de morte no mundo e apresenta uma taxa de mortalidade em torno de 8% a 10%. Esse dado ainda é considerado alto apesar dos avanços tecnológicos na área de cardiologia. O doutor Luiz Brandão Dantas Costa Júnior, Clínico Geral com especialização em Cardiologia, explica que é importante o seu rápido reconhecimento para efetuada o tratamento apropriado e obter a redução do risco de morte e seqüelas.

O que é o infarto e por que ocorre
O infarto representa a morte de uma porção do músculo cardíaco (miocárdio), por falta de oxigênio e irrigação sanguínea. A oxigenação necessária ao funcionamento do coração ocorre por um conjunto de vasos sanguíneos, as chamadas artérias coronárias. Quando uma dessas coronárias obstrui, impede o suprimento de sangue e oxigênio ao músculo, resultando em um processo de destruição irreversível, podendo levar à parada cardíaca (morte súbita), morte tardia ou insuficiência cardíaca com graves limitações de atividade física.
“Existem algumas causas que levam à obstrução das artérias coronárias, sendo a principal delas a aterosclerose, acúmulo de gordura na parede das artérias, formando verdadeiras placas que podem vir a obstruir o vaso e impedir o fluxo de sangue a partir daquele local. Essa obstrução normalmente ocorre quando a placa se rompe e a ela agregam-se plaquetas, formando um coágulo (trombo) e obstruindo a artéria”, doutor Luiz Brandão, afirma.
O infarto do miocárdio pode também acontecer em pessoas que têm as artérias coronárias normais. Segundo o cardiologista, isso acontece quando as coronárias apresentam um espasmo, contraindo-se violentamente, e também produzindo um déficit parcial ou total de oferecimento de sangue ao músculo cardíaco irrigado pelo vaso contraído.
Dores no peito, formigamento no braço e aperto na garganta são alguns dos sintomas de um dos problemas de saúde mais comuns no Brasil, hoje em dia: cerca de 300 mil pessoas sofrem um infarto, anualmente, segundo dados da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. De acordo com dona de casa Rosa Figueiredo, (59) anos, o infarto é algo fulminante. “Certa noite eu estava dormindo quando acordei com uma forte dor no peito e passando mal. Quando cheguei ao hospital precisei ir para o balão de oxigênio e me senti morrendo ao ser medicada foi uma sensação horrível”, contou.

Fatores de risco
Os fatores de risco cardiovasculares, especificamente, são as condições ou hábitos que agridem o coração ou as artérias, dentre os quais estão à hipertensão arterial, as dislipidemias (altos níveis de colesterol LDL e triglicérides), o tabagismo, o diabetes, o estresse, o sedentarismo, a obesidade, a alimentação gordurosa e a hereditariedade (história de mesma doença em outros membros da família), entre outros. Cerca de 40% a 60% dos pacientes com infarto do miocárdio apresentam hipertensão arterial associada.

Prevenção
O primeiro passo é controlar a alimentação. A dieta deve ser composta de carnes magras, de preferência peixes e aves, e muita verdura e legumes. Os óleos indicados são os de origem vegetal. Azeite de oliva também é indicado, pois é rico em HDL (o colesterol bom, que protege a formação de placas nas artérias).
Conforme Luiz Brandão, ele ainda indica, que se deve manter um programa de atividade física regular, sempre sob orientação médica, sendo que um bom exemplo é a caminhada. Também são importantes mudanças nos hábitos para a diminuição do estresse, parar de fumar (o cigarro favorece a formação de placas ateroscleróticas nas artérias) e consumo moderado de álcool.
Os hipertensos devem estar atentos ao controle da pressão arterial e reduzir o sal da dieta. Os diabéticos devem redobrar os cuidados com o infarto. Os níveis de colesterol devem ser medidos periodicamente e as mulheres que fumam não devem usar anticoncepcionais orais. Lembre-se: a prevenção, a identificação precoce e o controle adequado dos fatores de risco diminuem a probabilidade de um ataque cardíaco.

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